segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ET e Sexualidade

Existem algumas verdades que as pessoas pretendem ignorar, ora pra dar respaldo a alguma forma de alienação e manipulação, ora para não sair da cômoda inércia.


Dizer que num universo tão enorme, como podemos ver neste vídeo abaixo, só nós o habitamos é o mesmo que limitar a Ciência perfeita que tudo criou. Esta Ciência pode ser denominada cada qual sua crença. O fato é que temos medo de aceitar que não somos os únicos. Isso por acaso nos faria menos especiais para nosso Criador? Um filho único é mais amado por sua mãe do que um filho de uma mãe que tem dez? Se um deles sofrer, ela não sofrerá, se um deles precisar ela não estará ali, se um deles pedir colo ela não dará? Ela conhece cada um, cada comportamento, jeito, voz, cheiro. Dá a cada um uma forma especial de ser chamado, de ser acariciado. É um amor tão belo que é capaz de ser inteiro e fazer aquele que o recebe se sentir tão especial e único, que ele é incapaz de não se sentir importante, mesmo sabendo que ela compartilha também deste amor para mais três, cinco, dez, vinte filhos. E olha que mãe é humana, e não deixa de ter suas preferências, mesmo que esconda isso para si mesmo, mas que consegue mesmo com seus defeitos e limitações fazer cada filho se sentir docemente amado no seu colo acolhedor. Então, como não poderia ser para o perfeito Criador Divino?


As religiões normalmente tentam usar da psicologia de sermos “únicos” e “especiais” para tornar seus fiéis ainda mais fiéis. Quem não gostaria de ser tão importante assim num momento de carência? E como este mundo nos deixa carente! No entanto, é justamente o contrário como deveríamos pensar: que Amor é este capaz de ser tão inteiro, belo, presente que se derrama de forma tão especial a mim, uma pequena criatura, dentro da imensidão deste universo? Que Amor é este que se importa? E então se encantar. E assim, se sentir ainda mais feliz!


A política e os interesses econômicos e bélicos também usam da manipulação da verdade para esconder a fragilidade que possuem de lidar com o que não conhecem ou talvez, usar desta verdade em um momento mais propício. Como por exemplo, usar do subterfúgio do medo fazendo a nação temer este “iminente perigo” e de forma alienada entregar toda sua confiança e fidelidade ao seu líder, o único que poderá salvá-los e assim melhor controlá-los. Se eles fazem isso com “potenciais inimigos” de nossa humanidade, (ver Fahrenheit 11/9 - Michael Moore), imagina com os "de outro planeta", aiai.... a sedutora vaidade de poder.... controle-domínio...


Um paralelo com isso também tem o universo da sexualidade. Limitar as preferências sexuais dos indivíduos é o mesmo que ignorar os milhões de homossexuais, transsexuais e bissexuais que existem no mundo.


E não estou falando do modismo que hoje existe de experimentar o novo. Isto geraria um outro post. Apenas fazendo uma menção rapidamente, para mim, em outrora, quando uma pessoa queria “subverter”, “ser diferente” pintava o cabelo, depois todos começaram a pintar o cabelo, então começaram a usar tatuagens, e todos seguiram, por conseguinte, começou o uso dos piercings, que hoje já é coisa normal. Então, na minha opinião, o “experimentar” o mesmo sexo, veio para esta nova geração como uma necessidade de se diferenciarem da normalidade. E como a maioria do “novo” logo se torna “todo”. O que não deixa de ser de todo mal, porque o experimentar também nos abre porta para nosso autoconhecimento.


No entanto, a sexualidade que convido a olharmos, é algo bem mais amplo e profundo. A diversidade sexual. Quando envolve a atração por outrem, indiferente de raça, sexo, classe social. Alguns podem ter distúrbios psicológicos, como nos casos dos pedófilos ou estupradores, entre tantos outros, que são casos à parte, que precisam de tratamento. Outros, porém, não podem ser considerados distúrbios, e nem como mero fetiches, porque são sentimentos incapazes de controlá-los e não vivê-los torna-se algo como se lhe proibissem de ser feliz. Quantos casos são conhecidos de pais de famílias que furtivamente buscam travestis para saciar seus instintos mais escondidos? Ver o filme Brokeback Mountain. Ou de casais do mesmo sexo que vivem juntos durante anos, de forma até muito mais fiel e verdadeira que muitos casais heteros?


Por que fingimos que não existem se aonde formos vamos ver ou até mesmo conviver com algum deles? Por que sentimos nojo? Por que evitamos olhar ou falar com eles? Por que os tememos tanto? Por que não os tocamos ou os abraçamos? Que medo ou repulsão é esta?


O amor é livre, e pode ser depositado a qualquer coração em sua volta, e não há como controlar. O tesão também. Quando se sente atraído por alguém, não importa se está no corpo de um homem ou de mulher, o tesão está ali, o corpo está pedindo aquele corpo. Se há reciprocidade e as pessoas estão livres, descompromissadas, por que não viver?


Não acredito no pecado do amor. Não. Se Deus é Amor, todo Amor verdadeiro, sincero e com respeito é respaldado por Ele.


Então muitos podem dizer: mas é uma falta de respeito isso! É uma promiscuidade! O que é respeito? O que é promíscuo? Uma mulher que trai o seu marido com o médico do seu filho ou o marido que trai sua mulher com a colega de serviço? Sim, isso é desrespeitoso! O marido que posa de bravo, de machão, e à noite vai à região mais isolada da cidade para libertar seus “demônios” com algum travesti, ou em uma zona com várias mulheres, e como se não bastasse, volta para sua casa, e ainda bêbado e sujo pela noitada abusa da sua esposa com toda violência? Sim, isso é promiscuidade!


A liberdade sexual é diferente do libertino, do promíscuo, e isso eu falarei em próximo post.


Maior prova poderia citar a própria natureza. Quando li a notícia de que dois pinguins machos viviam juntos, como um casal, e que queriam ter um ovinho deles para cuidar, no zoológico. Ora, seria isso uma aberração? São seres tão irracionais assim? Não. São apena demonstrações de como "nada sabemos".


Fico profundamente triste quando vejo pessoas fazendo cara de nojo ou expressando seu preconceito, assim, como também pessoas que se alienam a um conceito pré-determinado. Assim, como também fico indignada quando espero dos que são justamente a parte reprimida da sociedade que ajam sem preconceito, e vejo justamente o oposto, como tantas vezes presenciei na série The LWorld, quando ridicularizam ou excluem os bissexuais e heterossexuais, assim, como vi no filme Hotel Ruanda, a tomada de poder de uma etnia massacrada até aquele momento, que ao invés de mudar sua postura, começou a fazer o mesmo com a etnia dominada, assim, como tantas personalidades que vemos hoje no universo do Hip Hop que agem da mesma forma supérflua e dominadora que os playboys que eles viviam criticando nas suas músicas, no início de suas carreiras. Era justamente para ser o contrário. Não precisamos repetir os mesmos erros, só porque já fomos vítimas deles um dia.


co profundamente triste quando vejo pessoas fazendo cara de nojo ou expressando seu preconceito, assim, como tamb

Seres de outros planetas e a diversidade sexual além das fronteiras pré-concebidas em nossas retrógradas mentes: por que continuarmos a ignorá-los, se eles existem?


Um comentário:

Anônimo disse...

Aonde eu assino?

Interessante os pontos de vista! Tempos que mudam... Parabéns.